segunda-feira, 13 de setembro de 2010

São Paulo - 1924/tenentismo

É claro que há outras coletâneas mais recentes, mas não abro mão de materiais antigos que ainda auxiliam o nosso trabalho em sala de aulas. A coletânea que foi publicada na década de 1980 pela CENP fornece vários textos para o estudo de períodos diversos da História. O trecho que selecionei aqui tem a ver com os confrontos entre tenentistas e tropas legalistas (fiéis a Artur Bernardes) na cidade de São Paulo. Seu estudo em sala de aulas é importante porque ele pode ser relacionado às várias informações que fazem referências às forças oposicionistas e ao declínio da República Velha. E se torna mais elucidativo quando é acompanhado pela análise de imagens fotográficas dos episódios.


FRAGMENTO DO JORNAL “O ESTADO DE SÃO PAULO” DE 12/O7/1924
extraído de “Coletânea de documentos históricos para o 1º Grau”. SEE.CENP. 1984
“A nota mais impressionante do dia de ontem foi o bombardeio da cidade, que, por toda a parte provocou o êxodo de famílias. Desde a manhã as granadas, atiradas pelas forças legalistas, começaram a atingir alguns dos mais populosos bairros da cidade, como já se dera antes de ontem.
Por todas as ruas, apinhavam-se famílias inteiras que, sem meios de locomoção, carregavam sacos, malas, pacotes e objetos mais indispensáveis.
As vizinhanças do quartel da Luz denotavam o extraordinário pânico que invadiu a nossa população. Toda essa zona ficou completamente despovoada de civis.
Quando à tarde os disparos começaram a visar a parte central da cidade, a população dessa zona principiou a deslocar-se, procurando pontos mais abrigados.
O Brás apresentava um aspecto de verdadeira desolação, com a debandada de seus moradores, a qual crescia à proporção que novos disparos atingiam aquele bairro, que foi um dos mais castigados pelos canhoneios de ontem.
De todos os hotéis situados no centro da cidade, retiraram-se numerosas famílias sobraçando malas, trouxas, colchões e outros embrulhos.”
WWW.arquiamigos.org.br/info/info07/revol1924.htm acessado em 13/09/2010 (20:11)







Um abraço,
Prof.Gilberto

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