quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Viagem ao centro da Terra, Júlio Verne

Este é outro livro voltado ao público infanto-juvenil que li recentemente. Acho bom que essas coisas estejam ocorrendo... Isso só acontece porque além da leitura que seleciono para mim, faço outras que compartilho com minha filha, normalmente à noite.

Dessa vez trata-se de uma aventura de ficção científica escrita pelo mestre deste gênero, Júlio Verne. O livro em questão é o “Viagem ao centro da Terra”.

A história se passa durante a segunda metade do século XIX. A princípio basta sabermos que o jovem Axel vivia em Hamburgo (na Alemanha) com o excêntrico tio, o professor Lidenbrock, especialista em mineralogia, a bela Graüben (afilhada de Lidenbrock) e com a empregada Marthe. Axel conhecia razoavelmente de minérios, já que auxiliava o tio, um mineralogista dos bons.

A trama tem início logo após Lidenbrock ler um intrigante manuscrito (em rúnico) de um autor islandês do século XII, Snorre Turleson. O professor manifesta a Axel o seu encanto pela leitura que acabara de fazer, quando um velho e amassado pergaminho cai do antigo volume. Enigmáticos caracteres estão nele registrados... O professor passa um bom e angustiante tempo tentando decifrá-los... Mas, surpreendentemente, é Axel quem os revela... O professor fica fascinado com a orientação que surge: descer por determinada cratera do Sneffels, um vulcão islandês, antes do início de julho, para atingir o centro da Terra.

O fato é que o professor decide partir imediatamente para a aventura que o tornará ainda mais conhecido e realizado em relação aos estudos de mineralogia... Seu assistente deve apressar-se, pois irá com ele... Axel, que é apaixonado por Graüben, quer a todo custo evitar a partida, mas sabe que ela é inevitável, já que o tio é um “fanático cientista”... Axel argumenta que, pelo fato de Arne Saknussemm, autor do pergaminho e da façanha de ter chegado ao centro da Terra, ter sido alquimista, não deviam dar-lhe tanto crédito... Mas o professor convencia-se do contrário e, mais tarde concluiu que exatamente por ser alquimista (em tempos de perseguições religiosas) recorreu aos códigos enigmáticos. Para o professor tudo se encaixava perfeitamente...

Encaminharam-se para a Dinamarca e, de lá, para a Islândia... O texto é rico em detalhes que descrevem os locais por onde a dupla passa, os vilarejos e os tipos locais com seus costumes não escapam à narração... Para a expedição final, o professor contrata o islandês Hans
que, com silencioso altruísmo, segue como guia...
http://www.cultura.dequalidade.com.br/index.php/obras- literarias/viagem-ao-centro-da-terra-julio-verne (21/10/2010; 20:30)
Para finalizar este longo relato, confirmo que eles desceram pelo vulcão adormecido, descreveram os mais diversos minerais, além de vivenciarem esplêndidas aventuras... Axel se perdeu em determinado momento numa escuridão sem fim... Reencontraram-se milagrosamente... Encontraram e navegaram um vasto oceano dentro da crosta terrestre... Assistiram lutas e sofreram ameaças de gigantescos animais da Pré-História... Encontraram florestas habitadas por mastodontes e humanos enormes... Encontraram a “prova” de que Saknussemm estivera mesmo no centro da Terra... Isso sim é ficção ao velho estilo... Uma explosão que tiveram de providenciar para atingirem as partes mais profundas do planeta colocou-os em terrível situação... Porém foram levados ao exterior... Onde “desembocaram”? A muitos e muitos quilômetros do local onde entraram... Foram sair nas proximidades da Sicília!

A edição é da FTD e está reproduzida no alto desta página. É uma tradução e adaptação de Walcyr Carrasco, que apresenta comentários sobre as diversas informações apresentadas por Verne. Carrasco tem o cuidado de atualizar os dados que à época de Verne eram conhecidos. Até por isso o livro é legal.

Um abraço,
Prof.Gilberto

Leia: Viagem ao centro da Terra. Editora FTD.

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