terça-feira, 2 de novembro de 2010

Prece, poema de Fernando Pessoa

Por hoje estou deixando aqui o Prece, de Fernando Pessoa.

Se você pesquisar vai saber que existe, pelo menos, outro poema dele com esse nome.

Não é por acaso que estou deixando este. Amanhã publicarei um texto que foi uma tentativa minha de interpretá-lo dentro de um contexto de uma obra maior.

Quem me conhece sabe que gosto muito (há muito tempo) de Fernando Pessoa, do modo como ele escrevia, os heterônomos, seus poemas... Futuramente pretendo escrever mais sobre ele aqui neste blog... Uma forma singela de homenageá-lo.

A imagem que colei aqui foi extraída de http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.superdownloads.com.br
XII. PRECE
Senhor, a noite veio e a alma é vil. Tanta foi a tormenta e a vontade! Restam-nos hoje, no silêncio hostil, O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós criou, Se ainda há vida ainda não é finda. O frio morto em cinzas a ocultou: A mão do vento pode erguê-la ainda.
Dá o sopro, a aragem -- ou desgraça ou ânsia -- Com que a chama do esforço se remoça, E outra vez conquistaremos a Distância -- Do mar ou outra, mas que seja nossa!

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