quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Filme: Quanto Vale ou é por Quilo? – entidades beneficentes em ação; campanhas de estímulo à arrecadação

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/08/filme-quanto-vale-ou-e-por-quilo-inicio.html antes de ler esta postagem:
O cenário muda completamente... Agora estamos sobre a laje de uma casa modesta localizada num bairro de periferia da cidade de São Paulo. A iluminação é a do dia. Há uma comemoração e vemos pessoas alegres em torno de uma mesa simples. Homens estão bebendo, tocando instrumentos e cantando com muita competência As Rosas não Falam, do compositor Cartola...
O ambiente é familiar, crianças, jovens e idosos conversam animadamente enquanto se alimentam do churrasco servido. Contrastando com a animação, está Arminda (Ana Carbatti) que dorme um sono agitado... Sua fisionomia é a da mulher que anteriormente vimos presa no tronco... Temos a impressão de que a visão dos instrumentos de tortura e dos torturados era a de seu sonho. Ela é despertada por Lurdes porque já é momento de cantarem “parabéns”. Arminda se levanta e, solícita, oferece-se para lavar a louça que está aos cuidados de “dona Judite”.
Depois disso temos um recorte da campanha publicitária de uma instituição chamada Sorriso de Criança. As imagens em preto e branco revelam crianças abandonadas, sujas e tristes... A campanha orienta as pessoas a não darem esmolas, mas a fazer doações a “entidades idôneas”... Lurdes está à mesa, e além dela vemos dois tipos da agência e dom Elísio que, ao que tudo indica, é quem está ali para contratar uma campanha diferenciada...
O tipo que parece ser o dono ou chefe da agência critica o material que foi exibido. Ele diz que a estratégia da Sorriso de Criança está ultrapassada... Só aparece criança sofrendo... Além disso, diz a dom Elísio que as pessoas que financiam solidariedade “querem algum retorno”... Sendo assim, afirma que a imagem deve sempre ser vinculada depoimentos emocionantes e ao êxito. O dom Elísio responde apenas que imagina que aqueles profissionais estejam bem atualizados nessas campanhas, então assina papéis do contrato entre a entidade e a empresa.
(...)
A cena passa a ser novamente a de uma “laje da periferia”... Agora vemos uma senhora posicionando crianças para serem fotografadas... Enquanto faz isso, entrega brinquedos... Ela coloca-se entre as crianças e abre um largo sorriso... Não vemos a mesma reação nos rostos das meninas e meninos... Mas isso pouco importa... Ouvimos a narração sobre o ato de doar enquanto “instrumento de poder” que desencadeia uma série de sentimentos ao mesmo tempo em que alivia a consciência das pessoas...
Dona Marta Figueiredo chega ao escritório da agência de publicidade... Ela traz artigos variados para uma campanha... E diz que se empenha recolhendo donativos com o seu motorista particular... Sintetiza suas ações com um ”se todos os que têm fizessem um pouco pelos que não têm...” Inferimos que a campanha da agência para a Sorriso de Criança,ou para outra instituição qualquer, surtiam os efeitos desejados pelos que contratavam a agência.
Na sequência vemos a equipe de dona Noêmia realizando um trabalho de solidariedade à noite em meio a pessoas desabrigadas... Os voluntários entregam cobertores e agasalhos, além de servir um café aos desamparados. De repente chega outro carro com pessoal que também faz atividade similar... A surpresa fica por conta de dona Noêmia, que expulsa os recém-chegados dali. Argumenta que ela, seus filhos e voluntários ocuparam e iniciaram o trabalho naquele local antes.
(...)
Dona Mônica, uma das voluntárias da equipe de Noêmia, chama a atenção para o caminhão de coleta de lixo que está passando... Com ele segue o seu futuro genro, Candinho... Uma amiga de Mônica quer saber como é que Candinho, trabalhando em “algo sem futuro” pagaria as despesas com a festa de casamento... Mônica diz que a outra também nada pode falar, pois "é apenas uma empregada doméstica"...
Mônica defende o genro dizendo que ele é uma pessoa boa, e que vai ter festa, sim, e que todos seriam convidados. Em breve conheceremos mais um pouco sobre esta dona Mônica, seu trabalho solidário e a festa de casamento.
Indicação (14 anos)
Continua em https://aulasprofgilberto.blogspot.com/2012/09/filme-quanto-vale-ou-e-por-quilo-dona.html

Um abraço,
Prof.Gilberto

Páginas