Talvez
seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/11/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian_30.html antes de ler esta postagem:
Hugo foi levado para a cela onde o inspetor
detinha os que provocavam confusões e furtos na estação. Ele garantiu à senhora
Emille e ao senhor Frick que o menino não escaparia dali. Depois de se despedir
dos lojistas, o inspetor ligou para a delegacia de polícia e na sequência disse
que era melhor Hugo confessar porque voltaria com outras pessoas que podiam
ser mais ríspidas do que ele.
Uma ilustração de duas
páginas nos mostra o menino apreensivo e acuado no interior da jaula... Em seu
pensamento surgiam hipóteses acerca de seu futuro... Talvez fosse encaminhado
para a polícia, ou para um orfanato... Nunca mais veria Isabelle e nem Georges
Méliès... Assim, um bom tempo se passou até que o inspetor retornasse ao seu
gabinete com dois policiais. Um deles intimidou o menino dizendo que se ele não
quisesse falar, seria encaminhado para a delegacia. Ao abrirem a cela, o menino
Cabret viu a oportunidade de escapar novamente, e foi isso o que fez, seguindo
para a estação.
A estação estava lotada e, em sua fuga, Hugo esbarrava nas pessoas... Sem
ter noção de para onde seguir, o menino acabou sendo derrubado por pessoas
apressadas... Suas dificuldades aumentaram porque ele caiu sobre sua mão
machucada... Sofrendo de dores (e muito confuso) pretendia alcançar a saída,
mas acabou caindo sobre os trilhos. Foi por pouco... Uma enorme composição
automotiva seguia em sua direção... O garoto estava sem forças para reagir,
então ficou imóvel vendo o colosso aproximar-se para decretar o seu trágico
fim. Uma sequência de ilustrações mostra-nos o trem se aproximando ao mesmo
tempo em que o maquinista freava para evitar o pior... Vemos que no último
instante, Hugo foi puxado pelo seu casaco. Um vapor tremendo foi liberado sem
que os passageiros percebessem qualquer incidente, já que esses estavam
chegando ao seu destino.
O menino ficou novamente
sob o poder do inspetor e dos policiais, que o algemaram... Ele estava zonzo e
sofrendo de dores...
Nova sequência de
ilustrações mostram-nos como que uma visão do garoto. Da mais completa
escuridão surgem estrelas, uma meia Lua e um cometa daqueles dos painéis de
tecido de Méliès... Aos poucos eles vão se tornando cada vez mais claros e
então sabemos que o menino abria os olhos... Ele estava vendo a capa de Uma viagem à Lua que Méliès estava
usando. O velho cineasta chegou ao gabinete do inspetor acompanhado de
Isabelle... Foi ela quem teve a ideia de seguir até a estação para procurar o
amigo.
O inspetor explicou que
Hugo foi flagrado roubando leite, era acusado de outros furtos na estação, e
devia explicações sobre a utilização do apartamento do cronometrista, e a posse dos cheques-salários do funcionário desaparecido... A
senhora Emille e o senhor Frick também estavam presentes no gabinete do
inspetor... O menino sentia-se pressionado, mas o velho Georges o tranquilizou
e pediu-lhe que contasse o que sabia.
Então o menino Cabret
contou ao inspetor que o cronometrista Claude era seu tio e que ele era o seu
aprendiz... Falou sobre os hábitos etílicos do tio e que ele havia
desaparecido... Revelou que desde então tinha de manter os relógios
funcionando, e fazia isso em segredo... Contou que eventualmente roubava leite
e croissants para não passar fome.
Depois disso, o
inspetor soltou uma gargalhada julgando absurda a história que acabara de
ouvir. Ele não acreditava que um garoto franzino como aquele pudesse manter os
enormes relógios funcionando... Até então, o inspetor não sabia da morte de
Claude... Foram a senhora Emille e o senhor Frick que confirmaram o ocorrido.
Ao inspetor restava saber o
que era aquele objeto estranho que Hugo tentava subtrair do apartamento... Hugo
explicou que não estava roubando e que, como deixou o boneco cair, ele estava
quebrado novamente... Neste ponto o velho Georges interveio em favor do menino,
dizendo que “ninguém pode roubar o que já lhe pertence”... Disse ainda que os dois consertariam a
máquina novamente e que daria um jeito de pagar à senhora Emille pelo leite e
croissants roubados.
Nova
sequência de ilustrações mostram Georges Méliès envolvendo as duas crianças em
sua capa e se retirando daquele ambiente... Vemos o rostinho de Hugo recuperar
uma fisionomia de satisfação.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/12/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian_10.html
Leia:
A invenção de Hugo Cabret. Edições SM.
Um abraço,
Prof.Gilberto