sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

“Eros e Psique” – a partir de texto de João Pedro Roriz – Téssora planejou um atentado à vida de Psique; a jovem foi transportada por dois tipos para um despenhadeiro banhado pelo mar; no instante mesmo em que estavam para atirá-la, contemplaram a sua beleza e ficaram maravilhados; submeteram-se às vontades de Psique, que queria apenas tomar um pouco de sol e retornar ao castelo

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2013/12/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_5338.html antes de ler esta postagem:

Então ficamos sabendo que Téssora colocou em prática um plano para prejudicar a sua irmã caçula... Psique foi entregue a dois tipos que a colocaram numa carruagem... E foi só nesse momento que a princesa percebeu que não seria acompanhada pelas duas irmãs. Mesmo assim, ela estava convicta de que Téssora e Magnetes estavam se esforçando para que ela pudesse passar um tempo agradável nas proximidades do mar.
É claro que reconhecer-se sozinha numa carruagem com estranhos deixou-a muito assustada... Seu tormento seria ainda maior se ela percebesse Téssora entregando duas moedas de ouro aos homens enquanto recomendava que fizessem “o serviço conforme havia combinado”.
(...)
É bom que se saiba que Magnetes não conhecia aquela parte do plano da irmã mais velha. Apavorada ao ver a caçula sozinha na carruagem, pediu-lhe que fizesse alguma coisa... Quis saber o que estava acontecendo ao mesmo tempo em que disparava que não haviam combinado nada daquilo... Mas Téssora a intimidou respondendo que “sim”, era exatamente o que tinham acertado... E acrescentou que ela não podia sentir pena da outra porque isso só serviria para estragar o plano... Garantiu que, sendo Psique a mais inteligente, se comportaria muito bem longe dos muros do palácio...
Téssora sentia-se triunfante... Soltava gargalhadas... Por outro lado, foi com preocupação que Magnetes viu a carruagem se distanciar... Assustada, seguiu para perto da irmã mais velha para acompanhá-la no retorno ao palácio.
(...)
Psique estava muito assustada... Não conseguia entender o que fazia naquela carruagem e nem tinha condição de imaginar o seu destino... Pensou na família...
Conforme o dia clareava, o calor ia se tornando mais intenso... Por uma pequena fresta conseguiu observar que, de fato, iam em direção ao mar. Sua sensação passou a ser de muito medo.
De repente a carruagem estacionou. Os dois tipos a retiraram e um deles carregou-a sobre os ombros... Estavam numa grande elevação bem acima do mar. Dali só se via grandes rochas. Psique foi colocada na extremidade de modo que ela pôde observar a violência das águas contra os rochedos... A menina jamais “vira tanta água reunida em um só lugar”... Como o calor aumentava, retirou a capa que lhe cobria a cabeça.
Não fica difícil entender que o plano era lançá-la em direção a uma morte certa... Mas aconteceu que, ao contemplarem a beleza de Psique, os tipos ajoelharam-se admirados... Arrependidos, disseram que não podiam fazer-lhe mal, pois viam que a princesa era mais bonita do que Afrodite... Psique ficou sem entender o que estava acontecendo com os dois. Perguntou-lhes por que lhe fariam mal se fizeram o favor de transportá-la...
Os homens beijaram suas mãos ao mesmo tempo em que lhe diziam que eram os seus escravos dispostos a realizar todo e qualquer desejo seu. A princesa respondeu que desejava apenas tomar sol... E foi isso o que finalmente ocorreu.
Podemos imaginar uma cena bem estranha: Psique aproveita ao seu modo os raios solares enquanto é observada pelos dois, que permaneceram ajoelhados por todo tempo.
(...)
Psique resolveu que queria retornar ao palácio, porém manifestou que gostaria de passar pelo mercado popular para experimentar algumas frutas... Os homens fizeram exatamente como ela pediu.
De fato, a jovem princesa estava se sentindo muito bem graças ao “passeio” ao despenhadeiro.
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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