segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

“Eros e Psique” – a partir de texto de João Pedro Roriz – as irmãs de Psique caíram sobre o soberano Quéops; escandalizam o faraó com seus maus modos; no momento de maior tensão, Téssora tenta atribuir toda a culpa do incidente a Magnetes; punição e o fim das duas

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/01/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_25.html antes de ler esta postagem:

Magnetes e Téssora foram “sopradas para o antigo Egito” por Bóreas. Elas despertaram em pleno deserto como queriam, mas viram que estavam muito sujas e desarrumadas pela ventania...
O intenso calor contribuía para provocar uma sensação ainda mais desagradável. Logo foram cercadas por vários “homens truculentos” e entraram em pânico.
Pensaram o pior... Porém aconteceu que eles se ajoelharam. Então as duas pensaram que, como tinham caído do céu, eles estavam imaginando que eram deusas.
Magnetes concluiu que certamente eles fariam todas as suas vontades... Téssora concordou e começou a fazer várias exigências de “primeira necessidade” (água, cremes, batom, “balão de oxigênio” e um “Big Mac”).
Elas só perceberam que protagonizavam um grande vexame quando ouviram o gemido do homem que tinha sido atingido pelas duas. Ninguém menos do que o faraó Quéops!
O soberano recuperava o seu fôlego enquanto exigia que tirassem “aquelas loucas” de cima dele. Os seus serviçais obedeceram, então Téssora e Magnetes notaram que o faraó era um sujeito de baixa estatura que sabia pronunciar uma série de xingamentos.
Magnetes preocupou-se e chegou a pensar que ele as mataria ali mesmo. Téssora a tranquilizou, pois ainda estava confiante numa saída honrosa. O problema é que Quéops estava muito irritado... Ele as ameaçava de chicoteamento caso não se calassem... O modo como esbravejava era assustador.
Téssora, que era a mais mesquinha e ardilosa, quis se livrar dizendo ao soberano que ela era uma princesa grega que havia sido raptada pela outra que estava ali... Ou seja, a mais velha não tinha escrúpulos e, para se livrar de maiores complicações, colocou todo o risco para Magnetes.
É claro que Magnetes não entendeu o que estava acontecendo e advertiu que havia sido por atitudes como aquela que o marido de Téssora a abandonara... Esta, por sua vez, respondeu que o marido de Magnetes foi arruinado por causa dos enormes gastos com joias que ela fazia questão de acumular...
Na presença daqueles estranhos permaneceram falando dos defeitos uma da outra para justificar o fracasso e o fim de seus casamentos.
(...)
Quanto mais as duas discutiam, mais o faraó se irritava. Ele até ficou rouco de tanto que gritou com elas. Quéops estava a ponto de mandar cortar-lhes as línguas. Fez essa e muitas outras ameaças!
Mesmo estando em delicada condição, Magnetes e Téssora ainda planejaram uma saída honrosa... Tudo o que tramaram deu errado, assim, ficaram sem o sonhado palácio e a vida farta junto ao deus do Amor. Foi com a intenção de sensibilizar o faraó que disseram que estavam livres e desimpedidas... Mas até isso deixou Quéops irritado. Ele garantiu que era fiel “às suas vinte e três esposas”.
Depois dessa última tentativa frustrada, restou a elas discutir sobre “a morte menos traumática” que poderiam ter (emparedamento, chicoteamento, enforcamento...).
Quéops acabou com aquela falação ao dizer que sabia como puni-las exemplarmente... Resolveu que elas trabalhariam como escravas na construção de seu “modesto túmulo” (referia-se à grande pirâmide), onde dezenas de milhares de operários já trabalhavam dias e noites no que viria a ser uma das “sete maravilhas do mundo”.
(...)
E esse foi o fim das duas irmãs de Psique.
Depois de acorrentadas pelos soldados, foram encaminhadas ao trabalho... “Por longos vinte anos” sofreram incalculável suplício... Distantes da família e esquecidas por todos.
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto

Páginas