segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

“Eros e Psique” – a partir de texto de João Pedro Roriz – Eros revolta-se contra a própria mãe; ela o chama de traidor por tê-la enganado por tanto tempo e diz que o mandará a julgamento no tribunal do Olimpo; em relação à Psique, a deusa decide torná-la cativa em seu palácio; Eros imobilizado; o rei resiste à afronta divina; Psique se coloca à sua frente para protegê-lo e pedir perdão à divindade

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/01/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_28.html antes de ler esta postagem:

Afrodite se mostrava feliz, pois sua condição de “mais bela” não era mais ameaçada. Mas espantou-se ao ouvir Eros desabafar sua tristeza e indignação em relação a ela...
O deus do amor revelou que havia se tornado esposo de Psique. Sabemos que era graças a isso que ela permanecera afastada do devotamento dos mortais. É claro que ele mesmo era apaixonado por Psique, e sua maior dor consistia em ter de amargar a separação. Angustiava-o ver que a mãe era egoísta a ponto de sobrepor o ódio à sua beleza.
(...)
Vimos Afrodite muito irritada com Eros... Ela o chamou de traidor por considerar que, além de mais uma vez não ter cumprido o que havia sido determinado, derretia-se de paixão por sua rival.
A deusa da Beleza esbravejou que levaria o próprio filho a julgamento no Olimpo... Resignado, Eros manifestou apenas que aguardaria que seu destino se cumprisse. A mãe revelou-lhe que traria Psique para o seu palácio e assim a manteria sob seu controle.
Sua decisão fez Eros se revoltar de tal forma que avançou contra ela ao mesmo tempo em que dizia que o único intento da mãe era o de tornar Psique sua escrava.
A um gesto Afrodite paralisou-o... Eros ficou imóvel como uma rocha. Ela garantiu que resolveria as coisas ao seu modo, assim não correria o risco de ser “passada para trás” mais uma vez... Sem poder reagir, o Cupido assistiria ao sofrimento da amada até que chegasse o momento de seu julgamento no “Tribunal dos Deuses”, onde ele possuía inimigos que não perderiam a chance de condená-lo.
Nada disso importava a Eros. Ele garantiu que poderia ser levado a julgamento e condenado, como parecia ser a vontade de sua mãe, mas pediu a ela que não castigasse Psique.
Afrodite, porém, estava decidida a seguir ao reino onde a sua rival vivia e raptá-la... Estava disposta até mesmo a destruir o seu país, se isso fosse necessário.
(...)
Um mensageiro foi enviado... Mas aconteceu que o pai de Psique não aceitou aquela ofensiva contra a sua filha. Desesperado, mobilizou suas tropas...
Então a própria deusa decidiu encaminhar-se ao reino onde a amada de Eros vivia.
Depois de deixar o filho imobilizado, ela desceu por uma escada dourada que apareceu para conduzi-la ao país de Psique...
Ali a agitação era intensa devido à movimentação dos soldados. O tumulto era tão grande que despertou Psique, ainda convalescente.
(...)
Afrodite surgiu em todo o seu esplendor, e logo que os soldados a viram ajoelharam-se à sua frente e passaram a beijar-lhe as vestes... Aqueles que tentavam resistir aos seus encantos acabaram atingidos por um pó brilhante que os enfraqueceu e os tornou envelhecidos instantaneamente...
Ao vê-la, o rei exclamou que não a temia. Com a espada em punho, garantiu que protegeria a filha até a morte. A deusa respondeu que reconhecia e admirava a coragem do governante, mas estava ali para levar Psique, que seria mantida como sua criada, perderia o seu encanto e não voltaria a ameaçar o seu trono.
Como o rei se mostrava irredutível em relação à defesa a que estava disposto, Afrodite preparou-se para reduzi-lo a pó... E já estava pronta para lançar sua magia quando a própria Psique colocou-se à frente do pai.
(...)
A princesa pediu à deusa que não fizesse mal a ele... Argumentou que o rei estava apenas desempenhando o seu papel de protegê-la. Na sequência, garantiu que estava pronta para cumprir seu destino, reconhecia os próprios erros e pedia perdão...
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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