domingo, 16 de fevereiro de 2014

“Eros e Psique” – a partir de texto de João Pedro Roriz – Afrodite explica sua atuação em relação ao casal; sem saber, Eros e Psique passaram por um aprendizado planejado pela deusa; não havia ressentimentos; Zeus anuncia que logo Prazer nasceria

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/02/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_15.html antes de ler esta postagem:

Zeus trouxe Psique de volta à vida... Mas ela não era mais uma mortal comum.
A princesa despertou para a nova realidade reconhecendo que havia sido imprudente ao permitir que sua curiosidade superasse a disciplina. Alegrou-se por poder abraçar Eros e conversar com ele... Sem compreender o que estava acontecendo, manifestou que o seu maior temor era ser impedida de voltar a viver com ele depois do fracasso no último desafio.
(...)
Afrodite explicou que o amor nutrido pelo casal o tornava inseparável... Esclareceu que Eros e Psique haviam se tornado “prisioneiros” das palavras que ela proferiu... Os dois jovens tiveram medo e isso os fez submissos...
Só então Eros entendeu que se agissem com autonomia teriam se libertado...
A deusa deixou claro que a juventude do filho pesou, mas o aprendizado o levaria a entender também “que o amor deve se impor num mundo insano de superficialidade e materialismo”.
Zeus contemporizou ao dizer que Psique permitiu que a curiosidade a dominasse, apesar disso não se mostrou mesquinha, já que queria se tornar mais bela para o marido... Ela deixou suas vontades e interesses sobrepostos pelo desejo de beneficiar o marido.
Afrodite estava irreconhecível. Falou (de modo que pudesse ser ouvida por todos) que, desde o nascimento de Psique, ela a havia escolhido para desposar Eros... Quis que soubessem que a beleza da princesa se devia à sua generosidade. E isso ela havia lhe fornecido em grande quantidade... Revelou ainda que o pai de Psique a deixou distante de pretendentes por sua “orientação indireta”... Inclusive o primeiro contato que Eros teve com Psique foi proporcionado por ela.
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Eros reclamou que havia recebido a ordem de derramar água amarga em Psique... Mas também para isso Afrodite tinha resposta. Ela explicou que mentiu para ele e garantiu que a água amarga não podia fazer nenhum mal à sua amada. Ressaltou que o veneno estava na água doce, e ela tinha certeza que ele despejaria de seu conteúdo em Psique... Foi por causa dessa desobediência que ninguém mais se sentia digno de casar-se com a princesa.
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O jovem Cupido quis saber se a mãe não sentia inveja de sua esposa... Afrodite respondeu que estava “longe de ser a mulher mais bonita da Terra”. Disse isso enquanto abanava-se com a “Palma da Beleza”. Hera e Atena estavam por ali e certamente notaram a sua falsa modéstia... Depois a ouviram dizer que ainda era a “mais bonita do Olimpo”.
Ao notar que os ânimos estavam se acirrando entre as deusas, Ares pediu que mudassem de assunto, lembrando que “da última vez que elas brigaram, Tróia foi destruída”...
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Em hilária referência aos episódios narrados por Homero, e também ao cinema, Roriz faz Ares perguntar a elas se pretendiam ser responsáveis por “mais um filme do Brad Pitt”... A resposta das deusas foi um “não, não, pelo amor de Zeus!”.
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Eros quis saber por que havia sido levado a julgamento... Afrodite esclareceu-lhe que não eram poucos os deuses que falavam que ele “não era digno de ser um deus”... Assim, o julgamento foi um evento ideal para que ele provasse o oposto. Ela acrescentou que, mais do que antes, manter a honra era-lhe importante porque em breve se tornaria pai.
Psique estava grávida e o jovem se mostrou espantado e emocionado ao mesmo tempo... Zeus confirmou que uma menina nasceria, e seu nome seria Prazer.
Isso ainda não é o fim.
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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