sábado, 21 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – com a aparência completamente alterada por Calu, os “karas” seguiram à procura de Bino; ao saber da morte de Bronca, Magrí segue ao IML

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/06/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_20.html antes de ler esta postagem:

Os quatro amigos foram devidamente disfarçados por Calu... Sua missão era procurar Bino nas escolas elencadas por Crânio. De fato, graças à competência do garoto que se dedicava à dramaturgia, os “karas” ficaram irreconhecíveis.
Magrí divertiu-se com sua aparência... Ela tornou-se surpreendentemente feia e deselegante... O próprio Calu tratou de arranjar uns arames para os dentes da menina, isso fez com que até sua voz se alterasse consideravelmente. A transformação em “outra pessoa” fazia parte do plano de Miguel.
A garota visitou o Rio Branco e constatou que Bino não estava entre os estudantes daquele colégio... Ela não tinha dúvidas de que o reconheceria. Depois de cumprida a sua parte da missão, restou-lhe partir para a lanchonete em plena Avenida São João, onde o grupo se reuniria.
(...)
Magrí passava por calçadas de lojas de eletrodomésticos quando foi surpreendida por uma notícia transmitida por um aparelho de televisão que funcionava numa vitrine... O repórter falava a respeito de outro cadáver de jovem estudante desaparecido. É claro que aquilo lhe chamou a atenção e o mínimo que podia fazer era aguardar a conclusão da matéria.
Foi assim que Magrí ficou sabendo que um jovem havia sido encontrado morto com um tiro nas costas numa estação de metrô... As imagens que surgiram na tela não deixaram a menor dúvida... Tratava-se do Bronca.
É claro que isso deixou a garota muito abalada, mas não podia vacilar e tentou observar o máximo que podia para garantir as informações que os jornalistas haviam levantado... A notícia pouco revelava... Concluía-se apenas que os repórteres haviam sido mais rápidos do que a polícia... Porém um pequeno detalhe captado pela câmera na ocasião em que filmaram o assassinado não escapou aos olhos atentos de Magrí.
Ela viu que no dedo de Bronca estava o “dedal” de Chumbinho... Certamente não seria sem uma razão que o garoto transferira o seu curativo para a mão do ex-aluno do Elite.
Essa constatação fez Magrí tomar outro rumo... Então, em vez de ir à lanchonete, entrou num táxi e ofereceu uma boa soma para que o motorista seguisse bem rápido até o Instituto Médico Legal...
(...)
Magrí pretendia ver Bronca e subtrair o “dedal” de Chumbinho...
Não foi difícil conseguir a autorização dos funcionários e policiais... Ela apresentou-se como namorada do rapaz e o seu pranto sensibilizou a todos.
Enquanto proferia palavras de desespero e se atirava sobre o moço estirado na fria pedra, ela retirou o que lhe interessava... Um funcionário deu por encerrada a dramática despedida e a conduziu para fora da sala.
(...)
Pouco tempo depois, diante do corpo de Bronca, o pensativo detetive Andrade lamentava a dificuldade do caso que devia resolver ao mesmo tempo em que se indignava com a crueldade e frieza dos bandidos que tinha de capturar... Foi de repente que interrompeu suas reflexões por ter notado algo diferente no cadáver.
Observou as fotografias feitas pelos peritos e viu que estava faltando o curativo... Imediatamente associou o fato à visita da menina que tinha acabado de sair... Ele exigiu que a procurassem, mas já não havia nenhum rastro de Magrí nas imediações.
Antes de tratarmos do encontro de Magrí com os demais “karas”, será preciso retornar à “Pain Control” para sabermos o que ocorreu com o Chumbinho após a tragédia que vitimou o pobre Bronca. Mas isso é assunto para a próxima postagem.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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