quinta-feira, 24 de agosto de 2017

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – o fim; esclarecendo o equívoca na contagem dos dias; afinal, o que Fogg ganhou com a dispendiosa viagem ao redor do mundo?

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/08/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_24.html antes de ler esta postagem:

Como vimos, Fogg, Passepartout e  Aouda entendiam que a aposta havia sido perdida por cinco minutos!
O criado se dirigiu à casa do reverendo às 20:05 do “domingo”!
Então como explicar que Phileas Fogg tenha vencido a disputa com os cinco apostadores do Reform Club conforme o relato repleto de suspense da última postagem?
Houve uma “reviravolta” no caso. Precisamos saber como isso ocorreu.
(...)
Aconteceu que Passepartout apressou-se, pois estava animado com a boa nova do casamento de seu estimado patrão com Aouda... Pensava que pelo menos isso tinha acabado bem.
O reverendo Samuel Wilson não estava em casa. O francês concluiu que ele ainda não havia retornado dos ofícios dominicais. O jeito foi esperar.
Às oito e trinta e cinco, Passepartout deixou a residência do religioso... E mais do que depressa retornou à casa da Saville Row... Na disparada acabou perdendo o chapéu e derrubou várias pessoas pelo caminho... Tanto correu que em três minutos chegou à casa do senhor Fogg.
O patrão estranhou o modo atabalhoado de Passepartout e também o seu estado de esgotamento... Perguntou-lhe o que estava acontecendo. O rapaz não conseguiu se expressar. Foi a custo e de modo fragmentado que conseguiu comunicar que o casamento não podia ser realizado no dia seguinte.
Fogg quis saber o motivo e Passepartout explicou que haviam chegado vinte e quatro horas adiantados... Portanto tinham chegado a Londres na sexta-feira à noite... Portanto estavam vivendo exatamente o sábado, dia 21 de dezembro!
(...)
O rapaz mal terminou de explicar e agarrou o patrão pelo colarinho. Na sequência puxou-o para fora da casa... Não demorou e Fogg entrou numa carruagem acertando um pagamento de cem libras ao cocheiro.
A carruagem seguiu a toda velocidade, atropelou cachorros e passou perigosamente por outros veículos que estavam no caminho.
Foi assim que Fogg alcançou o Reform Club antes de o relógio acusar as oito e quarenta e cinco da noite para vencer a aposta de vinte mil libras.
(...)
Como se explica o erro no cálculo das datas?
Fogg, Passepartout e Aouda na verdade desembarcaram em Londres no dia 20 de dezembro, sexta-feira. Portanto a viagem teve a duração de setenta e nove dias.
Tendo o trajeto ocorrido em direção ao leste, Fogg “ganhou um dia em seu itinerário”. Se a volta tivesse ocorrido no sentido inverso, “perderia esse dia”. Seguindo “à frente do sol”, a duração dos dias diminuía “quatro minutos a cada grau” de longitude ultrapassado.
Verne demonstra o cálculo... Os trezentos e sessenta graus correspondentes à toda circunferência do planeta multiplicados por quatro minutos totalizam as vinte e quatro horas.
De modo simplificado, podemos dizer que o aventureiro assistiu a oitenta ocasos durante sua viagem, já os apostadores do Reform Club viram o sol passar por suas cabeças setenta e nove vezes.
(...)
Alguém poderia questionar  o que Fogg ganhou concluindo a viagem ao redor do mundo... Enfrentou muitos perigos! Teve de apelar para todo tipo de transporte possível àquela época (trens, embarcações e até o elefante Kiuni!). Passou por inúmeras e belas paisagens sem poder contemplá-las.
Como se sabe, gastou muito dinheiro e teve de suportar a muitos inconvenientes... Assim, ter vencido a aposta não lhe proporcionou aumento da riqueza.
(...)
É Verne quem tem a palavra final... Lógico! O texto é dele!
Ele afirma que certamente as pessoas concluiriam que Fogg nada ganhou. Mas acrescenta que ao ter conquistado a “encantadora Aouda” tornou-se “o mais feliz dos homens!”
E completa: “Na verdade, por menos que isso, não se daria a volta ao mundo?”
Fim.
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – os cinco minutos finais; uma partida de uíste para relaxar; tudo indicava que os apostadores do Reform Club venceriam a aposta, mas Fogg chegou a poucos segundos do horário combinado

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/08/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_20.html antes de ler esta postagem:

A conclusão de Stuart era a de que o desafiante sequer chegara à América. Se conseguisse retornar a Londres, chegaria com uns vinte dias de atraso! O engenheiro acrescentou que Lord Albermale perderia cinco mil libras.
Gauthier Ralph concordou... Emendou que restava-lhes apresentar o cheque de Fogg a Baring para sacramentar de vez a vitória.
(...)
20h:40...
Stuart lembrou que restavam apenas cinco minutos. Os apostadores entreolharam-se... Seus corações estavam acelerados... Lembraram-se das palavras de Fallentin e decidiram encaminhar-se à mesa de jogos.
Enquanto se ajeitavam, Stuart disse que não abriria mão das quatro mil libras a que tinha direito... Os ponteiros do relógio marcavam 20h:42.
A partida não se iniciava porque a todo momento os jogadores desviavam seus olhares para o relógio... Faltavam poucos minutos, mas a sensação era a de que teriam de esperar uma enormidade!
(...)
20h:43...
Flanagan cortou o baralho... Gauthier Ralph acabara de embaralhar as cartas...
Os jogadores permaneceram em silêncio. Pelo menos no salão onde estavam a tranquilidade imperava.
Em frente ao Reform Club e em suas imediações a multidão se agitou. Podemos pensar que todos ali esperavam o momento decisivo. A maioria havia apostado que o desafiante não conseguiria concluir a “volta ao mundo em oitenta dias”.
Os cinco cavalheiros jogadores de uíste tinham os ouvidos atentos ao tic-tac do grande relógio.
John Sullivan rompeu o silêncio do ambiente ao anunciar que já eram oito e quarenta e quatro.
Nesse momento alguns gritos foram ouvidos... Os fragmentos do minuto final avançaram.
(...)
Os cavalheiros deitaram as cartas sobre a mesa... Em vez do jogo, a contagem dos segundos finais.
O ponteiro seguiu seu curso... Chegou ao quinquagésimo segundo... Tudo indicava que poderiam jogar aliviados. E também poderiam comemorar a vitória sobre Phileas Fogg o resto da noite.
Cinco segundos se passaram. No lado de fora teve início uma grande agitação... Alguns vociferaram imprecações, mas era certo que outros aclamaram e aplaudiram.
Os jogadores de uíste se levantaram... Faltavam três segundos para que o relógio acusasse as oito e quarenta e cinco da noite. Foi então que a porta se abriu.
Phileas Fogg surgiu anunciando sua chegada com um “aqui estou, senhores”. Atrás dele estava uma multidão emocionada. Toda aquela gente o seguiu até a entrada.

(...)

Temos de voltar no ponto em que Passepartout havia se encaminhado à casa do reverendo Samuel Wilson para acertar o casamento de seu patrão com a jovem Aouda.
Mas isso fica para a postagem final.
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

domingo, 20 de agosto de 2017

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – Lord Abermale ainda acreditava que Fogg cumprisse sua façanha; sábado, 21 de dezembro; as expectativas aumentaram e uma multidão acorreu à Pall Mall Street; os apostadores do Reform Club tentaram obter informações sobre o paradeiro do desafiante; últimos minutos antes do prazo final; as informações davam conta de que Fogg não obtivera sucesso em seu projeto

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/08/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_64.html antes de ler esta postagem:

É bom que se saiba que a história está chegando ao final...
Vimos que Fogg se acertou com Aouda... Passepartout deixou a casa da Saville Row para contatar o reverendo Samuel Wilson e marcar o casamento do patrão com a jovem.
Mas estamos neste ponto em que Verne trata de apresentar um pouco da ansiedade dos apostadores do Reform Club às vésperas do encontro do dia 21 de dezembro...
Vimos que a viagem ao redor do mundo em oitenta dias voltou a ser discutida pelas pessoas logo depois da prisão de James Strand. Os cavalheiros que toparam a aposta lembraram que o prazo final se aproximava, então algumas suposições afloravam... Fogg estaria vivo? Se afirmativo, teria desistido do projeto? Estaria irremediavelmente atrasado?
(...)
Os apostadores do Reform Club chegaram a telegrafar para a América e também para a Ásia. Esperaram notícias do ilustre cavalheiro. Mas não obtiveram respostas.
Os dias e noites foram de atenção à casa de Fogg. Vigiavam-na com todo rigor! A polícia se esforçou para conseguir informações precisas, mas nem mesmo do detetive Fix conheciam o paradeiro!
O caso tornara-se ainda mais grave porque todos já sabiam que o tira dedicara-se à perseguição de “uma pista falsa”!
(...)
Vimos que esse panorama reacendeu as apostas.
A espetacular viagem empreendida pelo excêntrico cavalheiro voltou a ser debatida nas mais diversas rodas.
Quem ainda se mantinha convicto do sucesso de Fogg era Lord Albermale, o velho paralítico que passou a aceitar apostas na base de 1 para 1.
No sábado à noite, uma multidão acorreu para a Pall Mall e adjacências. A aglomeração era maior nas proximidades do Reform Club... Ali, o assunto era um só: “Phileas Fogg”.
Os policiais tiveram muita dificuldade para conter as discussões mais acaloradas.
(...)
No principal salão do Reform Club estavam reunidos, desde às nove da manhã, os apostadores John Sullivan e Samuel Fallentin (banqueiros), Andrew Stuart (engenheiro), Gauthier Ralph (administrador do Bank of England) e Thomas Flanagan (cervejeiro).
Às oito e vinte e cinco da noite, Stuart lembrou a todos que em vinte minutos o prazo estabelecido se esgotaria.
Flanagan quis saber do último trem vindo de Liverpool... Gauthier Ralph informou que a composição havia chegado às 19h23 e que o próximo trem era esperado à meia-noite e dez.
Stuart concluiu que se Phileas Fogg estivesse no trem das 19h23 teria se dirigido ao clube... Para o engenheiro a aposta já estava definida. Eles venceram!
Fallentin observou que a prudência recomendava que aguardassem... Sobretudo porque todos reconheciam a excentricidade de Fogg, cuja “exatidão” era bem conhecida. Era de se esperar que ele aparecesse “no último minuto”.
Stuart não acreditava que o desafiante aparecesse. Flanagan concordou, pois entendia que a ideia de Fogg era das mais insensatas. De nada adiantaria sua “exatidão” diante dos inevitáveis atrasos e incidentes.
Sullivan lembrou que não obtiveram notícias de Fogg. E destacou que os fios de telégrafos estavam espalhados por todo itinerário.
Stuart sentenciou que Fogg só podia ter perdido a aposta. Trouxe um dado relevante a respeito do “China”, o “único navio de Nova York” em condições de trazê-lo a Liverpool com tempo suficiente para vencer o desafio. O “Shipping Gazette” informara a lista dos passageiros que desembarcaram no dia anterior. O nome de Fogg não estava entre eles.
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

sábado, 19 de agosto de 2017

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – Passepartout foi chamado a comunicar o reverendo Samuel Wilson; a respeito de repercussões em Londres desde a prisão de James Strand; o nome de Fogg “estourou novamente no mercado”; expectativas dos apostadores do Reform Club às vésperas do dia 21

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/08/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_83.html antes de ler esta postagem:

A emoção tomou conta de Aouda, que levou a mão ao coração e suspirou...
O senhor Fogg revelou que também a amava “por tudo o que é mais sagrado no mundo”.
O amor os unia... Se casariam e ao menos teriam um ao outro. Assim os difíceis tempos que se avizinhavam podiam ser suportados a dois.
(...)
Fogg chamou o seu criado...
Passepartout compreendeu tudo logo que os encontrou. Aqueles dois haviam confessado os sentimentos que traziam em seus corações. O francês adivinhava que cedo ou tarde chegariam àquele ponto. Podemos supor que ele mesmo torcesse para que tudo terminasse bem entre o patrão e a graciosa Aouda.
Fogg perguntou-lhe se a hora era apropriada para “avisar o reverendo Samuel Wilson, da paróquia de Marylebone”.
Eram 17h:05. Passepartout não conseguia esconder o seu contentamento pela maravilhoso desfecho, então sorriu e disse que “nunca é muito tarde”.
Ele foi se retirando ao mesmo tempo que perguntava se podia marcar o casamento para o dia seguinte, “uma segunda-feira”...
Aouda disse sim... “Amanhã, segunda-feira!”

(...)

Júlio Verne reservou o penúltimo capítulo de seu romance para tratar de outros acontecimentos de 17 de dezembro de 1872...
Sabemos que neste dia, Fogg e os companheiros de viagem estavam a bordo do Henrietta, que ultrapassava a metade da travessia (desde Nova York) rumo ao velho continente.
Os registros do autor esclarecem que àquela altura os londrinos ficaram sabendo da prisão de James Strand, o ladrão do Bank of England. O bandido foi capturado em Edimburgo.
Até três dias antes deste episódio, os jornais noticiavam que Phileas Fogg sofria perseguição implacável da polícia. Não era por acaso que a opinião pública se referia a ele como perigoso criminoso.
Mas, enfim, os fatos se esclareceram e seu nome voltou a ser referido com respeito. Logo passaram a dizer que se tratava de um dos mais honrados cavalheiros. E logo recordaram que Fogg era o valoroso cavalheiro que lançara-se ao desafio de realizar a “volta ao mundo em oitenta dias”.
O assunto outrora comentado à exaustão voltou a ser debatido. De repente as antigas apostas foram retomadas. Novas apostas foram feitas e o nome de Fogg “estourou outra vez no mercado”.
(...)
Os apostadores do Reform Club, companheiros de uíste de Fogg, já nem falavam a respeito do desafio...
Conforme as semanas se passaram desde a sua partida, o assunto foi se arrefecendo.
Porém, com a prisão de James Strand, eles voltaram a falar a respeito de Fogg e a tecer ilações sobre sua ousada empreitada. Onde estaria?
Ninguém tinha notícias suas! Teria morrido em alguma inóspita paragem? Desistira do desafio?
As dúvidas eram muitas... Com ansiedade, todos resolveram que o melhor era esperar pelo encontro do dia 21 de dezembro no salão do Reform Club às oito e quarenta e cinco da noite.
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

“A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne – da “Coleção eu Leio” – Fogg revela que as melhores intenções o levaram a proteger Aouda e a conduzi-la para Londres; disponibilizando os parcos recursos; a jovem reconhece o devotamento do cavalheiro; o amor os unirá

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2017/08/a-volta-ao-mundo-em-oitenta-dias-de_36.html antes de ler esta postagem:

As reflexões deprimiam Passepartout...
Houve ocasiões em que procurou Aouda para desabafar... Ele a via ensimesmada, então retirava-se sem nada dizer.
Por volta das sete e meia da noite Fogg solicitou-lhe que consultasse a jovem... Conforme anunciara pela manhã, tinha intenção de falar-lhe.
(...)
Aouda estava pensativa. Certamente aquele que a salvara trataria a respeito de seu destino.
Ela notou que a fisionomia de Phileas Fogg era a mesma.. A calma o caracterizava mesmo num momento como aquele, de tantas adversidades.
Ele ajeitou uma cadeira para ela. Depois de alguns minutos de completo silêncio, dirigiu-lhe o olhar e pediu perdão por tê-la levado à Inglaterra...
Aouda quis dizer algo, mas foi interrompida por ele, que manifestou a necessidade de concluir o que dizia. Então explicou que, na ocasião em que a libertara dos perigos que a ameaçavam na Índia, ele era um homem rico que estava disposto a “colocar parte de sua fortuna” à disposição das necessidades dela.
A moça viu que ele se colocava com toda a sua sinceridade. Ele confessou que havia imaginado que ela pudesse viver uma “existência feliz e livre”. No entanto tornara-se um homem arruinado.
Aouda respondeu que conhecia a situação... Disse que reconhecia todos os esforços de Fogg e por isso pediu-lhe perdão porque sentia que também ela contribuíra para o fracasso de sua “volta ao mundo em oitenta dias”.
O inglês argumentou que jamais poderia deixá-la na Índia. Entendia que teria de afastá-la ao máximo daquele ambiente porque sua vida corria risco. Sabia que os fanáticos a perseguiriam implacavelmente.
Definitivamente a jovem reconhecia a dedicação de Fogg... Mas não pôde deixar de manifestar sua admiração ao ouvir que ele “se sentia na obrigação de garantir” seu “futuro fora da Índia”.
Fogg explicou que ela entendera perfeitamente os seus propósitos. Acrescentou que restara-lhe bem pouco, no entanto esperava que ela não se importasse com a singela contribuição a que estava disposto a lhe fazer.
(...)
Era inacreditável... Aouda ouviu que Fogg destinaria seus parcos recursos ao seu bem-estar. Sem saber o que dizer, ela perguntou o que ele faria para remediar a própria situação.
O cavalheiro respondeu que não tinha necessidade de nada... Aouda ficou apavorada... O que ele imaginava a respeito do próprio futuro? Ele deu de ombros... O futuro não lhe pertencia... Afinal, quem pode controlá-lo?
A conversa prosseguiu... A jovem deu a entender que um homem como ele não podia ser atingido pela miséria... Até porque havia os amigos...
Fogg respondeu que não possuía amigos ou parentes. Ela lamentou e sentenciou que é muito triste viver no isolamento. Todos precisam de alguém a quem se possa “confiar os pesares”. Mesmo numa vida a dois a miséria torna-se suportável.
Era o que se dizia... Isso foi tudo o que Fogg manifestou. Por sua vez, Aouda levantou-se e estendeu-lhe a mão. Depois perguntou se ele a aceitava como esposa.
(...)
Fogg levantou-se no mesmo instante.
Via-se que seus olhos brilhavam...
Fechou-os e os reabriu depois de breve silêncio.
Na sequência confessou que a amava por tudo o que há de mais sagrado no mundo”.
Leia: A Volta ao Mundo em Oitenta Dias – Coleção “Eu Leio”. Editora Ática.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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