quinta-feira, 13 de setembro de 2012

“A Moreninha”, de Joaquim Manuel Macedo – Série Reencontro – Fabrício está encantado por Carolina; a rosa e seus espinhos; a mancha de café

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/09/a-moreninha-de-joaquim-manuel-macedo_10.html antes de ler esta postagem:

Em seu retorno à casa, Augusto é interrogado por Leopoldo... Este insiste em saber sobre onde estivera e o que ele pensa da Moreninha... Augusto responde que passara um tempo com dona Ana e que se surpreendera com ela, uma pessoa de boa fala, que revela estudo e leitura, aparentando, inclusive, ser feminista... Sobre Carolina, destaca que ela também é boa de conversa, interessante e espirituosa... Como Leopoldo insiste, concorda que também é bonita e atraente, com voz agradável e boca bonita. Mas Leopoldo provoca-o ao querer saber se ele sente algo mais pela moça... Augusto diz que sente por ela o mesmo que sente pelas demais... Não, não a ama de modo especial... Então o amigo diz que Fabrício estava caído de amores por ela. A opinião de Augusto era a de que o amigo “fizesse bom proveito”. 
Os convivas estavam no jardim para o café... Carolina chegou e foi recebida com aplausos, pois sua cantiga no rochedo havia sido ouvida pelas outras pessoas... Ela não dá a mínima atenção e se dirige a uma roseira. Estava por ali a admirar as rosas vermelhas quando chegaram Fabrício e Joaninha. O rapaz puxou conversa com a moça mostrando que adivinhou sua preferência pelas rosas... A Moreninha respondeu que isso dependia de ocasiões e circunstâncias. Fabrício aproveitou para alongar o diálogo e pediu explicação. Ela respondeu que, de fato, em comparação com o cravo-de-defunto ou o beijo-de-frade (valem os trocadilhos), preferia a rosa... O rapaz foi logo argumentando que os espinhos o levavam a comparar a flor à beleza, que “encanta e fere”... A Moreninha, que já estava com uma rosa em suas mãos, disse que a flor se defende com seus espinhos quando molestada de modo impertinente... Fabrício entendeu que aquela flor era para ele... Carolina entregou-a para o rapaz, mas de modo proposital causou-lhe um ferimento com os espinhos. A rosa caiu, mas Fabrício não depreciou a situação e disse que recebia a flor em troca de seu sangue... A Moreninha, como que justiçando, chutou a pobre rosa que acabou se desfigurando... Em seguida dirigiu-se até dona Ana para permanecer ao seu lado. Quem não gostou da conversa foi Joaninha, que disparou um “foi muito bem feito” e deu um beliscão no namorado.
À hora do café, os grupos se acomodaram à sombra de um caramanchão e em suas proximidades... Escravas muito bem trajadas serviam a todos... Mas, como a desculpar-se pelo episódio anterior, Carolina aproximou-se de Fabrício trazendo-lhe uma xícara de café... O rapaz julgou que devia prevenir-se das brincadeiras da garota... Imaginou que dessa vez ela poderia entregar o café sem açúcar... Desconfiado, recuou um pouco e a xícara estremeceu. Ele tropeçou na raiz de uma árvore e caiu de costas... A gargalhada foi geral... Fabrício estava envergonhado, mas ao notar que o café havia sujado a calça branca de Augusto, referiu-se ao infortúnio do amigo com estardalhaço. Dessa forma as atenções se voltaram para o outro.
Filipe deu atenção à situação incômoda pela qual Augusto estava passando e, como solução, encaminhou-o ao gabinete das moças... O rapaz não se sentiu à vontade, mas foi convencido de que ali poderia encontrar “soluções cosméticas” para tirar a mancha de sua roupa... O fato é que logo depois de instalar-se no gabinete feminino e tirar calça e camisa, o rapaz ouviu vozes de garotas que vinham na direção daquele cômodo... Apenas de ceroulas, juntou sua roupa e escondeu-se debaixo de uma larga cama ali instalada. Não tinha alternativa, senão aguardar que as moças terminassem o que ali pretendiam e se retirassem para que ele pudesse se livrar de mais essa situação constrangedora.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/09/a-moreninha-de-joaquim-manuel-macedo_1569.html
Leia: A Moreninha. Série Reencontro – Literatura. Editora Scipione.

Um abraço,
Prof.Gilberto

Páginas