terça-feira, 27 de novembro de 2012

“A invenção de Hugo Cabret”, de Brian Selznick – Georges conta sua história às crianças; Isabelle fica sabendo quem foram seus pais; Hugo se compromete a devolver o autômato para o seu criador

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/11/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian_23.html antes de ler esta postagem:

Georges Méliès trancou-se no quarto. Tabard, Etienne, Hugo e Isabelle se mostraram apreensivos, enquanto a tia Jeanne solicitava a ele que se retirasse... Do quarto não vinha nenhuma resposta... Até que um barulho impressionante foi ouvido... A impressão que se tinha era a de que o grande armário pudesse ter caído sobre o velho.
O pessoal da sala ficou ainda mais preocupado... Depois de um tempo ouviram Georges soltando gargalhadas, arrastando coisas e dando marteladas... Etienne e Tabard até tentaram arrombar a porta... As crianças se mostravam apavoradas, enquanto a senhora Jeanne estava aos prantos... Todos quiseram, em vão, tentar abrir a porta aos empurrões. Foi Hugo quem lembrou as habilidades de Isabelle com trincos e grampos... Uma sequência de ilustrações mostra que a garota teve sucesso em seu intento.
A porta foi aberta e o que viram foi surpreendente... Imaginavam muita bagunça, papéis rasgados e alguma coisa quebrada. Em vez disso, notaram Georges acomodado a uma mesa bem no centro do cômodo... Alguns móveis haviam sido afastados e, com uma pena na mão, sua imagem lembrava à do autômato... Os desenhos que antes estavam no armário podiam ser vistos espalhados por todo o quarto. O projetor estava em funcionamento e sua luz atingia o rosto de Georges e a parede atrás de si...
As cenas do filme que tinham acabado de assistir (a Lua, o foguete e os personagens) apareciam projetados em seu rosto e nas paredes do quarto... De repente, Georges começou a falar e, dirigindo-se para Isabelle e Hugo, perguntou se sabiam que os pais dele possuíam uma fábrica de sapatos e que queriam que ele trabalhasse nela... Revelou que a única coisa de que gostava eram as máquinas... Gostava de consertá-las, vê-las funcionando... Disse que sonhava em ser tornar um mágico. Então, quando se tornou adulto, vendeu a parte que possuía da fábrica e adquiriu um teatro. Nos fundos desse prédio montou uma oficina, e foi lá que construiu o autômato. Disse que sua máquina era adorada pelas plateias... Contou ainda que conheceu os irmãos Lumière, que haviam inventado o cinema... Quis comprar uma câmera deles, mas eles não aceitaram fazer o negócio e Georges teve de criar a própria filmadora com peças sobressalentes do autômato.
Méliès contou que muitos mágicos de seu tempo notaram as potencialidades do cinema para as suas apresentações. Disse que sua mulher tornou-se sua assistente e musa... Fizeram centenas de filmes... Mas com o começo da guerra (de 1914) os tempos gloriosos findaram... Tudo se perdeu e Georges lamentou não poder ajudar aqueles que trabalhavam em seu estúdio. Sua tragédia aumentou depois da morte de um jovem casal do qual era muito amigo.
Isabelle ficou sabendo que ela era filha daquele casal e que seu pai era operador de câmera e auxiliava Georges nas últimas filmagens, e que sua mãe era uma professora... Após a morte dos pais, ela passou a morar com ele e Jeanne.
Georges finalizou seu desabafo dizendo que se comprometera a “trancar o passado” e que “nunca mais voltaria a falar de filmes”... Contou que queimou muitos cenários e fantasias, além de vender os filmes a uma empresa que os derreteu para fazer saltos de sapatos... Depois comprou a loja de brinquedos lá da estação. Revelou que o autômato foi doado para o museu, que nunca o expôs... Ficou sabendo do incêndio... Era mesmo um milagre que tivesse sobrevivido.
Então quis saber onde estava o autômato e ouviu de Hugo que ele estava guardado na estação... Sem entrar em maiores detalhes, o menino retirou-se da casa para trazê-lo de volta ao seu criador.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/11/a-invencao-de-hugo-cabret-de-brian_30.html
Leia: A invenção de Hugo Cabret. Edições SM.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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