A “revisita” dos príncipes ao castelo resultou em muito perturbadora para a rainha... Para ela algo carecia de maiores explicações, mas é claro que ninguém ali poderia esclarecer-lhe.
Psique correu para o quarto dizendo que jamais seria amada e pôs-se a chorar de modo assustador. O rei irritou-se por saber que mais uma vez não teria como dormir.
(...)
O episódio nos ajuda a
entender que o feitiço de Afrodite estava fazendo efeito...
Porém, depois de cinco meses, quando seus jardins
encontravam-se floridos, a deusa ainda não estava satisfeita. É que o altar a
ela destinado pelos mortais permanecia sem oferendas. Sua indignação era tal
que perguntou a Eros se ele havia realizado corretamente a missão que ela lhe
incumbira... O deus alado respondeu que fizera exatamente o que ela havia
solicitado. Então Afrodite quis que ele confirmasse se o altar em honra a
Psique estava esvaziado, mas Eros disse que não sabia responder-lhe...
Desconfiada, Afrodite perguntou o que ele andava fazendo todas as noites desde
que visitara Psique... Ele respondeu que vivia a realizar o seu trabalho de
disparar as “flechas de amor nos mortais”...
Afrodite tinha suas suspeitas em relação a Eros... Disse-lhe que não o
via mais nos banquetes dos deuses e que achava que ele parecia Eros respondeu que havia sido contaminado pela
“doença” que ele mesmo transmitia aos mortais... E reclamou que aquilo lhe
causava dor quase impossível de suportar... A mãe esclareceu que no Olimpo não
podia haver adoentados. Então, se Eros estava fragilizado, pediria a Panaceia
(deusa da Cura) que o tratasse... Foi com desânimo que Eros respondeu que
Panaceia não daria jeito, pois o antídoto para o seu mal só ele mesmo conhecia.triste
demais... Estaria doente?
Eros respondeu que havia sido contaminado pela
“doença” que ele mesmo transmitia aos mortais... E reclamou que aquilo lhe
causava dor quase impossível de suportar... A mãe esclareceu que no Olimpo não
podia haver adoentados. Então, se Eros estava fragilizado, pediria a Panaceia
(deusa da Cura) que o tratasse... Foi com desânimo que Eros respondeu que
Panaceia não daria jeito, pois o antídoto para o seu mal só ele mesmo conhecia.
No mesmo instante, Afrodite manifestou a sua desconfiança... Certamente
o filho não realizara satisfatoriamente a missão... Então concluía que, além de
sofrer com a disputa com a mortal, teria de suportar as “dores de paixão” do
cupido pela rival.
Eros se explicou em relação
ao que havia ocorrido e garantiu que Psique não tinha culpa, pois sua beleza o
encantara, e foi acidentalmente que se feriu na ponta de uma de suas flechas.
Esse diálogo serviu para Eros esclarecer o que efetivamente fizera do
frasco de água amarga. A mãe disse que ele não havia cumprido o que tinham
combinado... Ele garantiu que sim, porém considerou que não era certo eliminar
a beleza de Psique e foi por isso derramou um frasco de água doce em seu rosto.
Relatou que pretendia despejar algumas gotas, mas o acidente fez com que todo o
frasco se esvaziasse.
Afrodite sentenciou que Eros era um desastrado que jamais deveria ser
encarregado daquela missão... Então ele respondeu que, pelo menos, Psique ainda
poderia se casar e ser feliz. A deusa ouvia suas palavras com indignação e
esclareceu que o efeito da água doce seria o de transformar Psique em
verdadeiro mito... Doravante ela seria cultuada por todos os homens como se
fosse uma deusa.
Ela acrescentou também que
tamanha beleza afastaria qualquer possibilidade de casamento, pois todos “se
sentirão inferiores a ela”. Disso resultaria que Psique teria uma legião de
submissos a ela e se tornaria uma rival notória da deusa da Beleza.
(...)
Afrodite quis que
Eros entendesse que Psique jamais se casaria... Livre da vida conjugal, a
princesa permaneceria jovial e seu altar continuaria receber muitas
oferendas... A deusa exigiu que Eros desfizesse o seu erro sob pena de sofrer
severo castigo... De sua parte, o deus alado pediu que não o enviasse ao quarto
de Psique porque não queria prejudicá-la.
(...)
A deusa lamentou as palavras de seu filho, pois Eros estava demonstrando
mais consideração e sentimentos pela mortal do que por ela.
(...)
O jovem simplesmente não conseguia relacionar a
sua missão de “divulgar o amor” pelo mundo com a injustiça que sua mãe
pretendia provocar.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/01/eros-e-psique-partir-de-texto-de-joao_4.html
Leia: Eros e Psique. Coleção Mitológica. Editora Paulus.
Um abraço,
Prof.Gilberto