Calu, Crânio e Magrí conversaram a respeito de suas últimas descobertas... Eles se reuniram novamente no esconderijo que os “karas” mantinham no Elite. A garota foi fundamental para a reconstituição da conversa que tinha ouvido entre os dois bandidos que estavam na casa de Caspérides... Então ela garantiu que aqueles tipos estavam à captura do bioquímico (citado como “a chave” por Chumbinho) porque certo Doutor Q.I. os ameaçava.
Crânio cogitou que aquele só podia ser a cabeça por trás do projeto macabro... Alguém de elevado quociente de inteligência com o qual deveriam cedo ou tarde lidar... Para o pensador do grupo o desafio era instigante, sobretudo porque poderia provar que sua capacidade de raciocínio era muito maior do que a do misterioso vilão.
Graças a um computador portátil que mantinham no esconderijo, os três puderam ler o arquivo que copiaram da máquina de Caspérides... Entenderam que ele havia criado uma droga muito poderosa e concluíram que os jovens estudantes sequestrados só podiam estar sendo usados como cobaias em testes.
(...)
Magrí lamentou a demora de Miguel... O desanimado Calu
concluiu que, assim como os bandidos, eles também estavam muito longe de
Caspérides...
A observação do amigo foi como que um incentivo para Crânio refletir
sobre as situações que eles conheciam... Lembrou que, de acordo com os
bandidos, o cientista foi por eles perseguido até o centro da cidade, onde
ocorria um assalto a banco.
Para Crânio havia uma forte relação entre a fuga de
Caspérides e o assalto... De acordo com o seu raciocínio, não seria de se
estranhar se o próprio cientista resolvesse invadir o banco e anunciar um
assalto. Para justificar esse pensamento, Crânio emendou que a situação dele
era das mais delicadas por estar sendo perseguido por bandidos armados...
Apesar dessa fragilidade, o bioquímico contava com sua inteligência e, assim,
não teria sido por acaso que se faria passar por um “Zé da Silva”.
Podia ser mesmo isso... Aos poucos, Crânio convenceu seus dois parceiros
de que os infiltrados na polícia podiam nem conhecer a aparência do cientista
foragido... Se a hipótese estivesse correta, o homem que eles precisavam
encontrar devia estar na delegacia onde trabalhavam os detetives Andrade e
Rubens, onde alguém libertou os brutamontes avistados na casa de Caspérides.
(...)
As ideias que trocaram levaram os três “karas” a entender que, se
quisessem mesmo encontrar o cientista citado na mensagem de Chumbinho, teriam
de organizar um plano para agir na delegacia...
Calu lembrou que “Zé da Silva” é um nome bem comum, e que naquele local
devia haver vários “Zés da Silva”... Magrí fez nova referência sobre a demora
de Miguel... Calu disse que talvez ele tivesse encontrado o verdadeiro Bino...
Mas o que podiam fazer àquela avançada hora da noite?
Crânio sugeriu que descansassem por algumas horas.
(...)
Como sabemos, Miguel estava nas dependências da “Pain
Control”... Ele despertou e a tela diante de sua cama se iluminou apresentando
a silhueta do Doutor Q.I. e emitindo o som de uma voz metalizada... O garoto
quis saber como é que sabiam o seu nome, e ouviu da misteriosa voz que se sabia
muito mais a seu respeito.
Miguel rebelou-se. Falou que queria sair imediatamente
dali e que ninguém tinha o direito de mantê-lo preso... A esse respeito, a voz
distorcida respondeu que ele não estava em condições de discutir a sobre
direitos... Por fim, disse que Miguel poderia chamá-lo de Doutor Q.I.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/06/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_28.html
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto