segunda-feira, 30 de junho de 2014

“A droga da obediência”, de Pedro Bandeira – o detetive Rubens pertence ao esquema da “Pain Control”, Calu e Caspérides correm sérios riscos; Miguel conhece mais instalações da “Pain Control”, recebe dados assustadores sobre os testes em cobaias humanas e vê a “Cobaia 14” em ação

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/06/a-droga-da-obediencia-de-pedro-bandeira_29.html antes de ler esta postagem:

Poderíamos imaginar que a sorte dos “karas” estivesse mudando... A chegada do detetive Rubens à sala onde estavam Calu e o cientista Caspérides parecia providencial... A sua solicitude os protegeria e daria conta de acabar de uma vez por todas com a malvada trama do Doutor Q.I.
Mas infelizmente o agente policial não era uma pessoa do bem... Rubens era o tipo afinado com a “Pain Control” e que colaborava de todas as formas possíveis com o projeto da Droga da Obediência... De fato, Bandeira conseguiu formatar uma trama que levou muitos a conclusões enganosas.
(...)
Calu percebeu o seu erro logo que foi atirado no fundo do camburão, onde foi trancado juntamente com Caspérides. Percebeu que Rubens funcionou o veículo e saiu velozmente sem ao menos perguntar qual era o endereço da “Pain Control” ao cientista...
A viatura estava tão rápida que quase atropelou um casal de mendigos que estava próximo à saída do estacionamento da delegacia...
E o detetive Andrade?
Pelo visto ele não compactuava e nem tinha conhecimento do envolvimento do companheiro de investigações... Ele ficou muito assustado ao saber que o outro havia se retirado das dependências levando o Zé da Silva e outro jovem detento num camburão... Percebendo que algo de errado estava acontecendo, saiu correndo em disparada e no caminho quase passou por cima do casal de mendigos.
(...)
Mas precisamos retornar à realidade de Miguel...
Como sabemos, ele estava preso numa das dependências da “Pain Control”, para onde havia sido levado pelos capangas da empresa... O Doutro Q.I. já havia conversado com o garoto através da tela, falando-lhe com entusiasmo a respeito de seus planos. Ele esperava contar com a colaboração do rapaz, a quem reservara lugar de preeminência.
É claro que Miguel repudiou a tudo que ouvira. Jamais compactuaria com um projeto tão abominável quanto aquele de transformar a humanidade em “formigas obedientes” a partir da Droga da Obediência... Apesar disso, sentia que estava em posição de agir contra a paranoia... Precisava de tempo para pensar.
Trouxeram-lhe farta refeição, mas, embora estivesse faminto, não tocou em nada porque os alimentos podiam conter a substância venenosa.
O moço voltou a dormir sem ter qualquer noção a respeito do relógio da natureza... Sequer sabia há quanto tempo estava ali... O fato é que foi despertado pela voz metalizada do Doutor Q.I ., cuja silhueta aparecia na tela. Em síntese, o tipo explicou-lhe que seria conduzido a outras dependências da “Pain Control” e teria oportunidade de conhecer mais sobre a “nova era” que se iniciava.
Um funcionário acompanhou Miguel... Conforme passavam de um ambiente para outro, novas telas eram acionadas automaticamente, assim o Doutor Q.I. conseguia explicar tudo ao líder dos “karas”.
(...)
Miguel conheceu o local de produção da droga em suas mais diversas configurações (pó, comprimidos...). O Doutor Q.I. disse que pensavam em inseri-la em cigarros... Jovens seriam treinados para oferecer a droga em escolas e, em pouco tempo, a moçada do mundo inteiro estaria controlada. Esse passo era importantíssimo para se iniciar a Will Control, ou seja, o “controle de todas as vontades”.Ao chegarem a um ginásio, o empregado entregou uma planilha a Miguel... O Doutor Q.I. prosseguiu explicando os vários resultados que haviam obtido com os testes em cobaias humanas... Os dados davam conta de que elas superavam os recordes mundiais detidos por reconhecidos atletas internacionais, e em várias modalidades (corrida, salto em altura...).
Miguel pôde observar a “Cobaia 14”, uma garota que já estava correndo ininterruptamente por vinte horas... A pequena não apresentava o menor sinal de cansaço e detinha a espantosa marca de uma hora e cinquenta minutos para os 42 quilômetros que correspondem à maratona!
Sem dúvida, algo medonho de se ver... Mas a voz metalizada do Doutor Q.I. era só entusiasmo.
Leia: A droga da obediência. Editora Moderna.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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