terça-feira, 10 de abril de 2012

"Os Mandarins", de Simone de Beauvoir. Henri e suas reflexões sobre sua formação intelectual e compromissos futuros

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/03/os-mandarins-de-simone-de-beauvoir.html antes de ler esta postagem:

A conversa de Henri com Dubreuilh fora desagradável porque o outro insistiu em que o L’Espoir ”não incomoda ninguém”, que “precisava tomar um  partido” e posicionar-se em relação ao PC... O L’Espoir, nos dizeres de Dubreuilh, deveria tornar-se jornal do SRL... Isso seria o “normal”, já que o movimento não teria condições de ir para frente sem um veículo escrito de informações... E o jornal de Henri, isoladamente, nada representava.
Já no estúdio, Paule perturba Henri sobre a conversa que este tivera com o amigo. Ela indagou com desconfiança se ele não cederia o jornal... Porque normalmente sempre acaba convencido por Robert. Também questionou se o seu ingresso no SRL faria bem ao companheiro... Desde que retornara de Portugal, Henri não havia se dedicado ao romance que escreveria, nem mesmo permitiu momentos de troca de ideias com ela... Como um rolo compressor, emendou que no passado (há 10 anos) Dubreuilh fizera o favor de lançar Henri no universo intelectual dos escritores... Para Paule, o ocorrido ainda gerava compromissos e fidelidade, e isso era prejudicial para ele... Mas nada do que Paule afirmasse encontrava alguma concordância de Henri... O casal terminou a noite falando sobre as possibilidades de uma nova guerra mundial e outras conjecturas geopolíticas.
A moça dormiu... Henri ficou refletindo sobre a sua condição de ”intelectual incompleto”. Imaginou que precisava de uma formação mais sólida, estudar história, economia e filosofia... Isso sem contar a leitura dos clássicos de Karl Marx... Como dispor de tempo para as atividades no L’Espoir? E para sua atuação política? Como se organizar para escrever o pretendido romance? A conclusão a que chegou era a de que o seu estorvo estava no convívio com Paule... Precisava livrar-se de sua companhia. Era necessário convencê-la de que ambos deviam seguir rumos independentes. Pensou muito sobre isso e definiu que a manhã seguinte seria decisiva.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/06/os-mandarins-de-simone-de-beauvoir.html...
Leia: Os Mandarins. Editora Nova Fronteira.

Um abraço,
Prof.Gilberto

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