quinta-feira, 23 de agosto de 2012

“A Moreninha”, de Joaquim Manuel Macedo – Série Reencontro – Augusto chega a Paquetá; diz a Fabrício que não participará de seu plano

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/08/a-moreninha-de-joaquim-manuel-macedo.html antes de ler esta postagem:

Augusto não quis perder a primeira aula do sábado pela manhã, assim partiu depois dos amigos para Paquetá. Ele aportou por volta das onze horas... Foi recebido por Leopoldo que, animado, falou que o ambiente estava muito bom.
A casa da avó de Felipe ficava bem no centro da ilha, tinha uma varanda à frente e  florido jardim. A casa era bem espaçosa, contava com elegante e ampla sala de jantar; dos dois lados havia gabinetes, um para os rapazes e outro para as moças.
Augusto foi apresentado ao pessoal e logo conheceu dona Ana, a avó de Felipe. Essa senhora dedicava especial atenção à neta Carolina, de 15 anos... Os dois irmãos perderam os pais quando ainda eram crianças e, por isso tinham tanta afinidade com ela. Junto à dona Ana, estavam as primas Joaquina (também chamada de Quinquina, loira, olhos azuis e regulares, despertou a atenção de Augusto); Joana (também chamada de Joaninha, morena e pálida, namorada de Fabrício); e Carolina (irmã de Filipe, também chamada de Moreninha, cabelo em tranças, miúda em relação às outras, agitada, Augusto considerou-a feia). Além desse núcleo havia muitas outras senhoras, moços e moças.
Todos aguardavam a refeição... Augusto teve lugar ao lado de uma senhora chamada Violante. Ele se dispôs a conversar com ela, que quis saber de seus estudos, se já podia exercer a profissão... Percebeu que ela estava a fim de falar de sua longa vida e de inúmeros problemas de saúde... Durante cerca de uma hora, o moço ouviu lamúrias de dona Violante, que demonstrava confiar mais nele do que nos demais estudantes de medicina ali presentes... Ela quis saber de que mal padecia... Na sequência, que se imagina de risos para o leitor, Augusto disparou que a doença de dona Violante era hemorróidas.
O rapaz retira-se aliviado, enquanto a senhora concluía que medicina não devia ser o seu ramo... Então dona Ana convida o moço para perto dela e de Carolina... Ele não teve um começo dos melhores... Dona Violante esgotou a sua paciência, estava com fome... Sentiu-se melhor ao se aproximar da anfitriã e da irmã de Filipe... Mas não demorou e Fabrício o arrastou até o gabinete dos rapazes. Ali quis saber se o outro havia recebido a carta e se seu pedido seria atendido... Augusto respondeu que o amor de uma senhora (Joaninha contava 17 anos, mas “senhora” era o tratamento dispensado às moças casadoiras da sociedade) não devia servir de peteca que podia ser trocada de mãos entre dois estudantes... Fabrício respondeu que pretendia livrar-se definitivamente de Joaninha.
Este quarto capítulo é intitulado “Falta de Condescendência”... Augusto disse que definitivamente não entraria naquele jogo... Não era do tipo de Fabrício que, ao se relacionar com uma moça, jurava amores eternos... De sua parte, era franco, todos sabiam que suas paixões duravam “algumas horas”... Augusto também não entendia a insistência do outro, já que em sua opinião “dona Joaninha é um peixão”... A esse elogio, Fabrício arrematou um “Ora... Uma desenxabida”.
Fabrício percebeu que o amigo não entraria naquele jogo, então passou a fazer ameaças dizendo que o colocaria em situações complicadas junto às moças... Mas a cada palavra sua, Augusto saia-se com tranquilidade e mostrava-se destemido em relação a elas... Aqueles dois dias seriam de guerra entre eles... E o embate se iniciaria durante o jantar.
Continua em http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2012/08/a-moreninha-de-joaquim-manuel-macedo_24.html
Leia: A Moreninha. Série Reencontro – Literatura. Editora Scipione.

Um abraço,
Prof.Gilberto

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