quarta-feira, 29 de outubro de 2014

“Androides sonham com ovelhas elétricas?”, de Philip K. Dick – de repente não é mais possível recorrer ao inspetor Bryant; o oficial Crams conduz Deckard ao Palácio de Justiça; a situação torna-se cada vez mais absurda

Talvez seja interessante retomar http://aulasprofgilberto.blogspot.com.br/2014/10/androides-sonham-com-ovelhas-eletricas_28.html antes de ler esta postagem:

O policial Crams fazia perguntas para Luba Luft enquanto Deckard ligava para Bryant...
O rosto de Harry Bryant apareceu na tela... Rick começou a explicar a confusão que estava ocorrendo, também em relação à sua dificuldade em convencer ao “suposto patrulheiro” sobre sua identidade... Emendou que também ele, Bryant, não era conhecido por Crams...
Bryant pediu para falar com o oficial Crams... Deckard o chamou... Crams pegou o fone e se anunciou... Porém não obteve nenhuma resposta... Na tela já não se via nenhum rosto.
Deckard tomou o aparelho novamente e fez nova chamada... Dessa vez ninguém atendeu.
Tudo muito confuso.
(...)
Depois foi a vez de Crams fazer uma chamada. Deu para ouvir que ele perguntava se havia algum Bryant no departamento... Perguntou também a respeito do caçador de recompensas, Rick Deckard... Tinham certeza?
Crams desligou o vidfone depois de afirmar que estava tudo bem...
Deckard estava inconformado... Acreditava que o aparelho devia estar com algum problema...
Crams não lhe deu ouvidos... Disse que estava com o depoimento da srta. Luft e que o conduziria até o Palácio de Justiça... Deckard não se opôs e disse que retornaria para terminar o teste.
Luba Luft protestou dizendo que ele não passava de um pervertido...
(...)
Deckard desejava que a situação se esclarecesse o quanto antes... Seguiu para a porta com a sua pasta... Crams resolveu que o revistaria e, além de sua pistola de serviço, confiscou o tubo de laser... Verificou que a arma havia sido disparada recentemente...
Rick esclareceu que tinha acabado de “aposentar” um andy... Os restos da “coisa” podiam ser vistas na hovercar... Crams quis conferir e, enquanto saíam, a srta. Luft insistiu que não queria que Deckard retornasse... A esse respeito, o oficial garantiu que se houvesse mesmo alguém morto no carro certamente ele não voltaria.
(...)
Deckard tentou explicar que saíra a campo para eliminar androides... Crams abriu a porta do carro e observou com atenção o cadáver de Polokov... Pelo rádio do veículo policial chamou alguém para retirar o corpo.
(...)
O hovercar conduzido por Crams levantou voo e se dirigiu para o sul... Deckard protestou advertindo que o Palácio de Justiça ficava na Lombard, portanto, na direção norte. Crams respondeu que ele só podia estar falando do “antigo Palácio de Justiça”, um prédio desativado há muito tempo e em ruínas...
Mas que coisa estranha!
Deckard pediu que o levasse até lá... Aquela conversa simplesmente não fazia o menor sentido para ele... Então imaginou que se tornara vítima de uma complicada trama dos androides... Provavelmente não terminaria poupado por eles.
Crams não lhe deu ouvido... Passou a dizer que a srta. Luft era muito bonita e lamentou que o figurino que usava no ensaio não permitisse que seu corpo fosse contemplado...
À beira do desespero, Deckard “abriu o jogo” e pediu ao oficial que confessasse que era um androide... Crams perguntou-lhe por que faria uma coisa dessas... Perguntou também a respeito do ofício de Deckard e se ele achava correto “sair por aí” atirando nas pessoas por considerá-las androides...
Estava claro... Crams dava total razão a srta. Luft.
Leia: Androides sonham com ovelhas elétricas? Editora Aleph.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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